Francisco PedroA exposição de pintura e escultura intitulada "Reflexões", patente na Associação 25 de Abril desde sexta-feira, será prolongada até ao dia 8 de Junho, segundo o artista plástico Lino Damião.Aberta na véspera das festividades do Dia de África, assinalado a 25 deste mês, "Reflexões" já não encerra hoje, "para que se dê oportunidade para mais pessoas apreciarem o trabalho artístico expresso nela", disse o pintor.Com vinte e cinco obras, a amostra é uma colectiva de Lino Damião e Nelo Teixeira que reúne trabalhos em acrílico sobre tela, pastel sobre papel, aplicações de metais, madeira, entre outros artefactos em suporte rugoso. Além disso, "Reflexões" traz a público materiais de linogravura usado para a produção de gravuras de autoria de Lino Damião.Na óptica dos artistas, o tema "Reflexões" está intrinsecamente relacionado com o quotidiano luandense, sendo o motivo das obras uma leitura crítica e apelativa da vida urbana da capital. Para conjugar as obras com o título da exposição os artistas optaram por apresentar os quadros em várias disciplinas. A presença de máscaras "que pode significar pensamento, males nas relações interpessoais, aspirações para se mudar de vida, à procura do melhor", argumentaram os artistas, são exemplos destas "Reflexões".Patrocinada pela Atlânfina, Moveco e a Associação 25 de Abril, a exposição teve a intervenção crítica de Jerónimo Belo, durante a cerimónia de inauguração, tendo este parabenizado os autores pelo esforço e continuidade da criatividade artística.Natural de Luanda, Lino Damião já tem vincado o seu nome na galeria das artes plásticas desde o fim dos anos 80, altura que começou a frequentar muito cedo o curso de desenho no ex-Barracão e o curso de Pintura na União Nacional de Artistas Plásticos (Unap). Na década de 90, Lino Damião iniciou-se na oficina de Gravura, também na Unap, sob o apadrinhamento do mestre Víctor Teixeira (Viteix). Membro fundador da cooperativa Pro-Memória dos Nacionalistas e da União Nacional dos Artistas Plásticos, participou em diversas exposições, das quais se destaca a primeira Bienal de Jovens Criadores da CPLP, na cidade da Praia, em Cabo Verde, em 1999. Esteve ainda na segunda edição deste evento realizada no Porto, Portugal, em 2000. Com três exposições individuais, recebeu o prémio de Pintura de Unap, em 1998, e uma Menção Honrosa do Prémio Ensarte, em 1996.Enquanto Nelo Teixeira, apegado à cenografia, começou nas lides das artes aos seus 8 anos de idade, tendo alguma influência do seu tio que é artesão. Mais tarde frequentou uma oficina de carpintaria que fez de si um afeiçoado à arte da carpintaria, em tempos livres.
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