sábado, 9 de junho de 2007

Grupo Desportivo Operário - No Bairro das Palmeiras continua por se cumprir Abril

O Presidente da Direcção do Grupo Desportivo Operário “Os Vermelhos”, Inácio Garcia, referiu que – “passados 33 anos após o 25 de Abril, não foram ainda atingidos, no Bairro das Palmeiras” melhorias na Habitação e Qualidade de vida das pessoas.“Isto significa, que nestes 33 anos de avanços e recuos no Bairro das Palmeiras, continua por se cumprir Abril.” – sublinhou Inácio Garcia.
“Esta obra não é do Inácio” acrescentando que o Bairro das Palmeiras “tem que ter unidade, dos sérios e dos honestos” – referiu Inácio Garcia, Presidente da Direcção do Grupo Desportivo Operário, no decorrer da sessão solene evocativa do 73º aniversario do clube.Inácio Garcia começou a sua intervenção prestando uma homenagem a “todos aqueles que por esta casa passaram, para lhes prestar as mais sentidas saudações e reconhecimento”, recordando que foi “na Quinta das Palmeiras, adquirida pelo industrial Alfredo da Silva em 1907 que nasceu o Bairro das Palmeiras.”Referiu que por volta de 1920, “dá-se um crescimento da população do bairro por via do desenvolvimento da CUF.”Bairro com memórias de geraçõesInácio Garcia salientou que os “naturais do Bairro das Palmeiras surgem na descendência dos primeiros ocupantes, no período da expansão dos anos 30 e por aí fora.”Recordou que “estes descendentes, que tornando-se adultos, vão abandonando o Bairro, para outras áreas do Barreiro, com melhores condições para residir.Alto do Seixalinho; Lavradio e Baixa da Banheira principalmente.”, acrescentando que “muitos outros, permaneceram no Bairro das Palmeiras, toda a vida, com as suas famílias.”O Presidente da direcção recordou que a colectividade nasceu no Bairro Velho da CUF, com o nome de “Os Vermelhos”, sendo fundada em 4 de Maio de 1934, “por operários que trabalhavam na CUF e que viviam neste bairro e no Bairro das Palmeiras. Este nome foi substituído, mais tarde, por Grupo Desportivo Operário “Os Vermelhos” em 1936, mas só 52 anos depois, em 1986, é que foi publicado oficialmente no diário da Republica. Referiu que durante muitos anos o clube desenvolveu várias actividades.O Grupo Desportivo Operário “Os Vermelhos”, salientou Inácio Garcia, “foi deixado durante longos anos ao abandono, sem que nenhuma entidade responsável pela nossa terra se propusesse salvar o património recreativo e cultural que esta associação representou, para o nosso bairro e para o Barreiro.” Na sua intervenção sublinhou que a actual Direcção do Grupo Desportivo Operário iniciou “um projecto com o objectivo único de ajudar as crianças, os mais idosos e os moradores do Bairro das Palmeiras.”Este projecto salientou visa “o combate à pobreza e à exclusão social sempre constou, e continuará a constar como uma das prioridades centrais” tendo por finalidade a “luta contra as discriminações, reforçando a integração das pessoas com deficiência e dos imigrantes.”Inácio Garcia salientou que a Direcção “agarrou a causa do Bairro das Palmeiras”, e que o fez por, “consciência social e como agente de bem-estar e desenvolvimento local.”Património também é a historiaNa sua intervenção referiu que “ninguém fica indiferente ao drama das pessoas que “vivem” neste degradado Bairro, gente que ficou e continua esquecida durante décadas (antes e depois do 25 de Abril)”.“Fizemos escolhas e queremos continuar a caminhar, passo a passo, determinadamente, mas sem recursos financeiros fomos obrigados provisoriamente a suspender os trabalhos da obra, lamentamos mas esta é a realidade actual.” – salientou Inácio Garcia. “ Penso que deveríamos todos reflectir e tomar como exemplo a importância do trabalho desenvolvido pelos Vermelhos, no Estado Novo, e sem desprimor para nenhuma outra colectividade do Barreiro, acho que património também é a historia do Grupo Desportivo Operário, Os Vermelhos e das suas tradições de luta pela conquista da democracia e da liberdade.” – acrescentou o Presidente da Direcção Na sua intervenção, Inácio Garcia referiu que – “entendemos ser agora (após 33 anos do 25 de Abril de 1974), o momento para que as entidades politicas da nossa cidade do Barreiro, reconheçam publicamente, a verdadeira importância que o Grupo Desportivo Operário - Os Vermelhos teve na luta contra a ditadura fascista de Salazar e pela conquista da Liberdade”.No Bairro das Palmeiras continua por se cumprir Abril Recordou que a direcção tem como objectivo principal – “a concretização da segunda fase da obra, criando depois, as condições para o necessário e inadiável apoio às gentes do Bairro das Palmeiras.” O Presidente da Direcção do Operário referiu que – “passados 33 anos após o 25 de Abril, não foram ainda atingidos, no Bairro das Palmeiras, alguns preceitos fundamentais, nomeadamente: a Habitação e a melhoria da Qualidade de vida das pessoas. Isto significa, que nestes 33 anos de avanços e recuos no Bairro das Palmeiras, continua por se cumprir Abril. Abril que tinha como objectivo principal a igualdade de oportunidades para todos.”Colectividade solidária e fraterna“A criação de uma creche/ATL, surge como uma meta a que o Grupo Desportivo Operário, Os Vermelhos confere grande importância e significado” – sublinhou Inácio Garcia, para além de considerar como metas a criação de Biblioteca, Sala de estudo, Cantina para fornecimento de refeições, Balneário publico – lavandaria), Posto Médico e realização de espectáculos diversos no salão principal.“Estamos convictos que após a conclusão da obra o Grupo Desportivo Operário - Os Vermelhos - irá dispor de meios e recursos para trabalhar cada vez melhor em áreas essenciais para o bem-estar da população do Bairro das Palmeiras, promovendo actividades com todas as colectividades do bairro, e criando as condições para que Os Vermelhos seja, cada vez mais, a colectividade solidária e fraterna que ZECA AFONSO tão bem cantou neste velhinho espaço de Liberdade.” – referiu a finalizar Inácio GarciaA importância do Movimento AssocoiativoO representante da Junta de Freguesia do Barreiro, recordou que as dificuldades do Movimento Associativo são um resultado da situação económica do país e recordou que as “colectividades têm um papel fundamental na ligação às populações, que não é reconhecido pelo Estado”.Joaquim Matias, Vice Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, referiu que o Barreiro “atravessa um dos períodos mais difíceis da sua vida”, e recordou que o “trabalho sempre foi a riqueza do Barreiro”.“O Barreiro entrou em crise, entraram as colectividades e entraram as pessoas” – sublinhou Joaquim Matias.“O Barreiro tem que ser reconstruído com a participação de todos” – salientou.O representante do Governo Civil de Setúbal, sublinhou que é gratificante para o Governo Civil a existência de um movimento associativo dinâmico e recordou as dificuldades que existem que não permitem “uma evolução” que o Bairro das Palmeiras e o Operário merecem, finalizou referindo que será enviado um apoio financeiro ao clube.Após as intervenções seguiu-se o tradicional convívio e cantou-se os parabéns ao “Operário”.
Rostos
4 - 6 - 2007

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