Em: «Aromas de Portugal», texto de Mário Relvas
Em busca de Abril.....
O 25 de Abril de 1974 foi um dia histórico para Portugal.
Não o vou abordar pelo lado histórico do anterior regime,
denominado de fascista, com censura, polícia política, que era contestado em
muitos sectores. Esta análise muitos o fazem á décadas. Importa fazer uma
análise ao pós 25 de Abril também.
Vou simplesmente lembrar que nesse dia, há 33 anos, os portugueses clamaram pela democracia. Muitos nem sabiam o que isso era.
Vou simplesmente lembrar que nesse dia, há 33 anos, os portugueses clamaram pela democracia. Muitos nem sabiam o que isso era.
Mas se o golpe do 25 de Abril foi uma esperança, levado a cabo
por oficiais subalternos, na sua maioria, constituindo em seguida o MFA
-Movimento das Forças Armadas, depressa se tornou numa perseguição a todos os
que não eram bem vistos pelo PCP, durante o PREC (Processo Revolucionário em
Curso). Houve deportações, prisões, saneamentos, a "reforma agrária", o COPCOM
(Comando Operacional do Continente), chefiado por Otelo Saraiva de Carvalho, que
emitiu centenas de mandados de detenção assinados em branco, prendendo os mais
diversos cidadãos avulso.
Lisboa, 25 de Abril de 1974 (foto Net)
Não podemos esquecer a "descolonização exemplar", onde cerca de
um milhão de portugueses foram abandonados á sua sorte, em África, em Angola,
Guiné e Moçambique, sem salvaguarda por parte dos governos de então, que se
sucediam a ritmo alucinante.
Este PREC, em que Otelo Saraiva de Carvalho se desloca a Cuba em vassalagem a Fidel Castro, foi travado no 25 de Novembro de 1975, pelas forças leais ao Presidente da República, General Costa Gomes, formadas na sua essência operacional por elementos do Regimento de Comandos da Amadora, comandados pelo Coronel Comando Jaime Neves, que havia participado no 25 de Abril. Este contra golpe surge para fazer frente ao levantamento dos Pára-Quedistas (forças na altura afectas à esquerda comunista) contra a decisão de passagem á disponibilidade que lhes tinha sido decretada, insurgindo-se. As forças militares no geral, estavam politizadas pela extrema esquerda, de cabelo comprido, a denominada "tropa Fandanga"
Este PREC, em que Otelo Saraiva de Carvalho se desloca a Cuba em vassalagem a Fidel Castro, foi travado no 25 de Novembro de 1975, pelas forças leais ao Presidente da República, General Costa Gomes, formadas na sua essência operacional por elementos do Regimento de Comandos da Amadora, comandados pelo Coronel Comando Jaime Neves, que havia participado no 25 de Abril. Este contra golpe surge para fazer frente ao levantamento dos Pára-Quedistas (forças na altura afectas à esquerda comunista) contra a decisão de passagem á disponibilidade que lhes tinha sido decretada, insurgindo-se. As forças militares no geral, estavam politizadas pela extrema esquerda, de cabelo comprido, a denominada "tropa Fandanga"
Tinha acontecido um juramento de bandeira, no RALIS em Lisboa,
onde os recrutas apontavam o braço á Bandeira de Portugal de punho cerrado,
dizendo umas palavras de servidão comunista. O quartel da Amadora serviu para
garantir o verdadeiro espírito da democracia, sem cravos, sem flores, tendo
recebido mais tarde o prémio pelos seus mortos na operação, sendo extinta aquela
unidade militar.
Os comunistas gritavam contra os Comandos e contra Jaime Neves, mas se o PCP existe hoje, se hoje existe democracia, foi porque os militares vitoriosos, com Melo Antunes, consensualmente, decidiram não colocar o PCP na clandestinidade, não lhes fazendo a eles o que eles tinham feito no PREC a tantos outros.
O 25 de Abril que se comemora é a data simbólica da democracia, não o que aconteceu depois, onde de novo houve censura, pois os jornais seguiam as directrizes comunistas e até um jornal "fascista" foi encerrado, os seus trabalhadores despedidos, porque se dizia ser o órgão do PS (Partido Socialista) de Mário Soares, o jornal República!
Houveram muitas situações negativas, mas importa aqui a simbologia que ficou do cravo, "a democracia". Esse sim um valor que efectivamente nos agrada a todos. Antes do 25 de Abril não poderia escrever este texto, mas no "verão quente", - PREC, também não ...
Os comunistas gritavam contra os Comandos e contra Jaime Neves, mas se o PCP existe hoje, se hoje existe democracia, foi porque os militares vitoriosos, com Melo Antunes, consensualmente, decidiram não colocar o PCP na clandestinidade, não lhes fazendo a eles o que eles tinham feito no PREC a tantos outros.
O 25 de Abril que se comemora é a data simbólica da democracia, não o que aconteceu depois, onde de novo houve censura, pois os jornais seguiam as directrizes comunistas e até um jornal "fascista" foi encerrado, os seus trabalhadores despedidos, porque se dizia ser o órgão do PS (Partido Socialista) de Mário Soares, o jornal República!
Houveram muitas situações negativas, mas importa aqui a simbologia que ficou do cravo, "a democracia". Esse sim um valor que efectivamente nos agrada a todos. Antes do 25 de Abril não poderia escrever este texto, mas no "verão quente", - PREC, também não ...
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